terça-feira, 6 de outubro de 2009

Cultura é grande no Bloco de Esquerda

A cultura precisa de um investimento sólido e eficaz. O duplo mandato deste presidente caracteriza-se por uma cada vez maior municipalização da cultura, e pelo desinvestimento nas estruturas culturais locais. Liberal á moda de Rui Rio, não gosta de subsidio-dependentes, mas mais não faz do que gerir subsidios. O seu departamento de cultura vem sendo transformado como gabinete de propaganda, situação agravada pela inexistência de um vereador da cultura. O resultado tem sido desastroso e gera desperdicios intoleráveis. A cultura perdeu protagonismo para o Desporto, perdeu público, perdeu apoios, perdeu quase tudo.
O próximo mandato para o bloco de esquerda é de contra-ciclo, o investimento deve ser dirigido prioritáriamente para a cultura. Sim porque não basta auto-designar-mos como cidade criativa e depois os artistas e a arte não estão cá. Todos sabemos a importância que tem para o turismo dessas cidades, o circuito de arte, assim como o sucesso de uma estrutura semelhante ao museu de serralves, no Porto. A cultura e o turismo serão apostas decisivas para um desenvolvimento sustentável, limpo e são, de uma importância vital para todos nós.

Nesta perspectiva o bloco de esquerda defende a remodulação do projecto “ruas da cultura” que constitui mais um bluff deste presidente - o projecto não foi financiado e já não sabem o que fazer dele - acrescentando-lhe ideias e conteúdos que façam dele um projecto original e de grande potencial, que seja uma aposta verdadeira na cultura e no desenvolvimento local. Na concretização destes objectivos deverão ser tomadas as seguintes medidas;

1. A construção de um Centro de Arte Contemporânea na Quinta de Almeara, a meio caminho entre montemor e verride. Esta estrutura é fundamental no projecto de cidades criativas, somando uma valência de interesse local, nacional e internacional. Com este projecto montemor ficaria integrada no circuito global da arquitectura e das artes contemporânes.
2. A construção do Centro de Residências Artisticas, projecto reclamado pelo CITEC há mais de uma década, que permitiria relações e contactos com uma comunidade artística internacional em constante circulação mundial.
3. A construção de um anfiteatro no lado poente do castelo. Espaço por excelência para a realização de grandes espectáculos de musica.
4. A construção de uma estrutura nova para as Filármonicas carenciadas, que permita cumprir com dignidade a sua importante função na formação musical.

Fundamental para nós é também reforçar todo o tecido local cultural, reforçando apoios financeiros ás estruturas nas suas actividades locais. Pensamos que as associações são eixos sociais estruturantes que permitem a participação cidadã dos jovens e o pulsar da fibra construtiva das gentes locais. Serão disponibilizados meios informáticos e internet grátis. Manteremos um diálogo intenso e próximo com todas as associações.

Rádio local – defendemos que o municipio deverá negociar o regresso da rádio aos problemas e interesses dos montemorenses e torná-la num veículo de promoção da nossa região. Com a internet as rádios locais poderão difundir para todo o mundo.

O bloco propôe ainda a reformulação de acontecimentos como o festival do arroz e da lampreia e o regresso das associações culturais á produção das festas da vila. O conceito destes eventos estão gastos e precisam de uma energia renovadora. Isto permite uma racionalização dos recursos e mais investimento no tecido local.

O progama do bloco para a área da Cultura representa uma ruptura com a actual não politica de Leal e o único que assume o sector como prioritário para o desenvolvimento futuro de Montemor-o-Velho.
Dia 11 de Outubro vamos juntar forças por Montemor, vamos votar bloco de esquerda.

Nuno Neves*

* Cordenador geral do programa eleitoral e da campanha do Bloco de Esquerda de Montemor-o-Velho, autor do programa para a Cultura.

Sem comentários: